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Pedro Sánchez salva “geringonça” espanhola com acordo para rever lei laboral

As vice-primeiras-ministras Nadia Calviño (ao centro) e Yolanda Díaz conversam com Pedro Sánchez no Congresso dos Deputados
As vice-primeiras-ministras Nadia Calviño (ao centro) e Yolanda Díaz conversam com Pedro Sánchez no Congresso dos Deputados
Emilio Naranjo/EPA

Negociação com patrões e sindicatos fica a cargo da ministra Yolanda Díaz, do Unidas Podemos. Em troca, este partido cede nalgumas das exigências que fizera ao primeiro-ministro socialista

O primeiro-ministro espanhol regressou da cimeira climática de Glasgow, terça-feira, decidido a sarar a ferida mais profunda que se abriu no Governo de coligação desde que se formou, em 2020, entre o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE, centro-esquerda) e a Unidas Podemos (UP, esquerda radical). E, pelo menos por agora, conseguiu-o. A revogação da lei laboral herdada de um anterior Executivo de direita — questão que em Portugal não permitiu acordo entre o PS e os antigos parceiros da “geringonça” — dividiu o Executivo espanhol mas não o quebrou.

Esta quinta-feira, aliás, o orçamento de Estado espanhol passou a primeira prova no Congresso dos Deputados, que rejeitou duas tentativas da oposição para o fazer chumbar. Só 156 deputados votaram a favor e 188 preferiram dar anuência às contas. Além dos dois partidos governantes, apoiaram o Executivo a Esquerda Republicana da Catalunha, Partido Nacionalista Basco, Euskal Herria Bildu (independentistas radicais bascos), Mais País (esquerda), Compromisso (esquerda nacionalista valenciana), Bloco Nacionalista Galego, Nova Canárias, Partido Regionalista da Cantábria e o regioalista Teruel Existe. Contra o orçamento estavam o Partido Popular (PP, conservador), Vox (extrema-direita), Cidadãos (centro-direita liberal), Juntos pela Catalunha (separatistas catalães), Candidatura de Unidade Popular (extrema-esquerda separatista catalã), Coligação Canária e Fórum Astúrias.

Segue-se um mês de negociações na especialidade. Algumas das formações que viabilizaram o orçamento na generalidade exigem mexidas na lei laboral para lhe darem respaldo na votação final.

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