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Sem a ETA respira-se melhor. Mas às vezes ainda é preciso ter coragem e fazer um grande esforço

Três etarras encapuzados anunciaram, a 20 de outubro de 2011, a “cessação definitiva” da campanha terrorista que durou décadas
Três etarras encapuzados anunciaram, a 20 de outubro de 2011, a “cessação definitiva” da campanha terrorista que durou décadas
Gara/Getty Images

Dez anos depois da ETA ter anunciado que depunha armas e abandonava a violência com objetivos políticos, as pessoas que vivem no País Basco vão reaprendendo a viver com uma pesada memória que durou 50 anos, fez 853 mortos e mais de 200 feridos. Perto de 50 mil cidadãos foram ameaçados de morte ou sequestro

Sem a ETA respira-se melhor. Mas às vezes ainda é preciso ter coragem e fazer um grande esforço

Ángel Luis de la Calle

Correspondente em Madrid

Espanha celebra, em catarse, o 10º aniversário do dia 20 de outubro de 2011, em que a ETA anunciou que deixava as armas e a violência como instrumentos para alcançar fins políticos. Numa torrente de análises, recordações e propostas, vem a lume uma das épocas mais tristes da história recente, a do terrorismo que assolou o país entre 1968 e 2011.

É consensual que nesta década de silêncio das pistolas e das bombas a vida melhorou no País Basco e, por extensão, em toda a Espanha, capaz de converter a coexistência em convivência. Subsistem riscos, faltam passos para a reconciliação plena, mas, nas palavras do lehendakari (presidente do Governo autónomo basco) Íñigo Urkullu, cujo Partido Nacionalista Basco sempre condenou a violência: “Estamos a lançar as bases para que os próximos 10 anos sejam melhores do que os anteriores 10.”

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