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Reportagem em La Palma. “É horrível! Isto aconteceu do nada”

Nesta imagem de 23 de setembro, o Cumbre Vieja projeta lava e fumo perto da aldeia de El Paso, na ilha de La Palma
Nesta imagem de 23 de setembro, o Cumbre Vieja projeta lava e fumo perto da aldeia de El Paso, na ilha de La Palma
CARLOS DE SAA/EPA

Vulcão destrói 400 casas, provocando seis mil desalojados e mais de 140 hectares perdidos na ilha de La Palma

Hugo Alcântara (SIC), em La Palma, com Ana França

Nove bocas de erupção, mais de 400 casas sepultadas debaixo da lava, pelo menos seis mil desalojados e uma população apanhada de surpresa, que se vê impotente perante o avanço da massa incandescente em La Palma. Esta é, com 85 mil habitantes, uma das oito ilhas do arquipélago das Canárias (não confundir com Las Palmas, na vizinha ilha Gran Canária, ou Palma, cidade na ilha de Maior­ca, nas Baleares). O vulcão Cumbre Vieja, que assola La Palma, fica a 460 quilómetros da Região Autónoma da Madeira.

Num incêndio, mesmo de grandes dimensões, há sempre esperança de que, com meios suficientes, as chamas possam ser controladas. Aqui, nada se pode fazer além de esperar e observar a progressão lenta, certa, da lava, que perdeu velocidade quarta-feira mas “segue o seu ritmo implacável”, como alertou o presidente do Governo Regional das ilhas Canárias, Ángel Víctor Torres. O governante pediu às pessoas que não tentem erguer obstáculos ao derrame: “Perante o avanço da lava nada pode ser feito, nem barricada, nem fosso, nem parapeito, nada vai deter o avanço. Quem me dera que fosse possível, mas não é.”

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