Os Estados Unidos da América tentaram, nas últimas horas, acalmar as autoridades francesas. Estas não perdoam a sensação de terem sido postas, sem aviso prévio, perante uma aliança estratégica negociada em segredo. Paris perdeu ainda um contrato de 36 mil milhões de euros (firmado em 2016) com a construção e venda de 12 submarinos convencionais à Austrália. Camberra optou por submarinos norte-americanos com propulsão nuclear, construídos neste país, com tecnologia partilhada pelos americanos.
“Fomos um pouco ingénuos”, diz, numa declaração enviada ao Expresso o presidente da Comissão dos Negócios Estrangeiros e da Defesa do Senado francês, Christian Cambon (do partido conservaor Os Republicanos). O acordo, denominado “Aukus” (das iniciais em inglês dos três países envolvidos), apanhou de surpresa os aliados ocidentais. E, embora não mencione a China, tem sido interpretado como tendo Pequim por alvo.
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