Um guarda afegão morreu na madrugada desta segunda-feira na sequência de uma troca de tiros junto àquelas instalações.
A notícia foi adiantada pelo Exército alemão, que numa publicação no Twitter deu conta de um tiroteio entre guardas afegãos e "atacantes desconhecidos" no terminal norte do aeroporto da capital do país.
De acordo com o Exército, um guarda afegão morreu, e tanto as forças norte-americanas como as forças alemãs presentes no local "participaram no tiroteio", embora não haja alemães entre os feridos.
Biden admite que retirada total do Afeganistão poderá ser adiada
O Presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden, afirmou que a retirada total de Cabul, marcada para 31 de agosto, pode vir a ser adiada.
"A nossa esperança é não ter de adiar esse prazo, mas suspeito que haverá discussões sobre o quão adiantado ou não está o processo de saída", afirmou no domingo à noite numa conferência de imprensa na Casa Branca.
O Presidente norte-americano garantiu que todos os afegãos que, ao longo dos últimos anos, trabalharam com o Exército norte-americano, como tradutores ou desempenhando outras funções, serão igualmente retirados do país, depois de serem avaliados.
"Os afegãos que nos ajudaram durante a guerra ao longo dos últimos 20 anos são bem-vindos no EUA", que será, garantiu, a sua "nova casa". "É isso que somos. É isso que a América é." Desde o dia 14 de agosto, os militares norte-americanos retiraram 28 mil pessoas de Cabul.
Na conferência de imprensa, Joe Biden também adiantou que foi alargado o perímetro de segurança no aeroporto de Cabul, capital do país. E, segundo o Presidente norte-americano, tudo indica que os talibãs estão a cumprir o acordo que fizeram com os EUA no sentido de garantir que americanos e outros cidadãos se desloquem para o aeroporto em segurança. "Até agora, têm cumprido a promessa que fizeram."
Sobre os vários relatos que têm sido divulgados pelos meios de comunicação de pessoas que foram impedidas pelos talibãs de chegar ao aeroporto, disse apenas: "Tenho a certeza que eles [os talibãs] não controlam todos os seus membros. São um grupo desorganizado. Mas veremos se o que dizem é ou não verdade."
No sábado, o chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, considerou que é "impossível" retirar todos os afegãos que colaboraram com o Exército norte-americano até ao dia 31 de agosto. E várias organizações de defesa dos direitos humanos já apelaram a Biden para que alargue esse prazo.
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