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O apelo da afegã Lailuma aos líderes ocidentais: "Não reconheçam os talibãs"

Lailuma Sadid, jornalista afegã, vive em Bruxelas com o estatuto de refugiada
Lailuma Sadid, jornalista afegã, vive em Bruxelas com o estatuto de refugiada
D.R.

A mãe sempre lhe recomendou "não fales muito, não digas demais" [sobre os talibãs], mas ela sabe que este é o momento de apelar aos líderes da União Europeia e da NATO para não reconhecerem o Governo dos talibãs sem condições. "As mentalidades não mudaram desde o tempo em foram governo, a ideologia não mudou", diz ao Expresso a jornalista e refugiada afegã Lailuma Sadid

Dois dias depois de os talibãs entrarem em Cabul, a jornalista afegã Lailuma Sadid apareceu na conferência de imprensa virtual do secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, com um cartaz escrito à mão por detrás da imagem dela que dizia "Afghan lives matter" [as vidas dos afegãos contam].

Com este gesto, Lailuma 'desobedeceu' ao pedido feito pela organização do encontro virtual com os jornalistas, que mencionava na convocatória: "Tentem estar numa sala bem iluminada com fundo neutro" [para entrarem no zoom].

Visivelmente emocionada, pediu a Stoltenberg, que ali estava como secretário-geral da NATO, para os países europeus e os parceiros da NATO não reconhecerem o Governo dos talibãs sem condições.

O Expresso conversou com Lailuma, que teme o futuro das mulheres, crianças e homens do seu país e o de toda a sua família, que vive no Afeganistão: "Ninguém gosta de ter de abandonar o seu país" [e a sua vida].

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