
A debandada das autoridades avançava pela calada, e a população, sem ter para onde ir, tentava obter vistos e levantar as poupanças
A debandada das autoridades avançava pela calada, e a população, sem ter para onde ir, tentava obter vistos e levantar as poupanças
Francesca Mannocchi (texto) e Alessio Romenzi (fotos), no Afeganistão
No dia anterior à entrada dos talibãs em Cabul, a fila em frente à embaixada iraniana tinha centenas de metros logo de madrugada. A embaixada turca já tinha suspendido a emissão de novos vistos, assim como as representações do Paquistão, Tajiquistão e Uzbequistão. Havia filas à frente dos bancos com as pessoas ansiosas por levantarem as suas economias. Este é o aspeto das cidades quando a guerra está próxima. Cabul tinha medo.
Muito antes de o Presidente Ashraf Ghani ter fugido de Cabul, os rumores sobre a sua partida eram frequentes e levaram Ghani a aparecer num vídeo difundido pelo palácio presidencial prometendo voltar a unir as forças armadas e defender o país.
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