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Procuradoria espanhola pede prisão preventiva para dois dos quatro portugueses suspeitos de violação em Gijón

Grupo de quatro portugueses é suspeito da violação de duas mulheres espanholas. Além da prisão preventiva para dois dos homens, a Fiscalía (equivalente à Procuradoria Geral da República em Portugal) pediu liberdade condicional para os outros dois suspeitos

Procuradoria espanhola pede prisão preventiva para dois dos quatro portugueses suspeitos de violação em Gijón

Marta Gonçalves

Coordenadora de Multimédia

A procuradoria espanhola pede que dois dos quatro portugueses suspeitos de violação em Gijón, nas Astúrias, fiquem em prisão preventiva. De acordo com o jornal espanhol “El Comercio”, os dois homens não têm possibilidade de pagar fiança.

A medida de coação para metade dos elementos do grupo sob suspeita é semelhante à que havia sido pedida pela acusação.

A decisão prende-se, refere a mesma publicação, com a gravidade e pela natureza do crime em causa - agressão sexual. A procuradoria espanhola considera ainda que há risco de fuga.

Para os outros dois suspeitos, aquele órgão judicial pede que fiquem em liberdade condicional. Ambos estão ainda proibidos de se aproximarem das duas vítimas.

Os quatro portugueses foram esta segunda-feira presentes a um juiz, após terem sido identificados pelas duas mulheres como os presumíveis autores da agressão sexual de que foram vítimas na noite de sexta-feira para sábado.

As duas mulheres acusam o grupo de relações sexuais sem consentimento. O crime em causa é agressão sexual e a investigação decorre num momento em que em Espanha se discute a definição do que é este crime e o crime de violação.

De acordo com o jornal “El Comercio”, as duas mulheres combinaram com um dos portugueses um encontro através das redes sociais. Conheceram-se num bar e seguiram depois para a pensão onde o suspeito estava alojado, no centro de Gijón, para um encontro sexual. Pelo caminho, mais um homem se juntou a eles, um outro português.

Já no alojamento, mais dois portugueses esperavam-nos. Foi aí que as duas mulheres, ambas espanholas e com 22 e 23 anos, foram alegadamente forçadas a manter relações sexuais com todos os homens.

Foi logo na manhã de sábado que as duas vítimas se deslocaram à esquadra para apresentar queixa. Em seguida foram levadas para o hospital de Gijón, em Cabueñes, para serem submetidas a exames médicos.

Os quatro portugueses estavam a dormir na pensão no momento da sua detenção. Foram algemados e levados à esquadra para interrogatório. A Polícia Científica esteve na pensão para recolher possíveis provas da agressão sexual na sala onde terão ocorrido os ataques às duas jovens.

Tanto o presidente da Câmara de Gijón, Adrián Barbón, como a delegada do Governo espanhol nas Astúrias, Delia Losa, utilizaram as redes sociais para manifestar “absoluta condenação pelo ocorrido”.

“O machismo ataca e mata, é um atentado à liberdade das mulheres. A minha condenação total e absoluta pelo estupro múltiplo em Gijón, com quatro jovens presos por abusar sexualmente de duas meninas”, disse o presidente asturiano.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: mpgoncalves@expresso.impresa.pt

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