O ministro francês do Interior, Gérald Darmanin, informou este sábado que pediu à agência europeia de vigilância de fronteiras, Frontex, "para cuidar do norte da Europa", no combate à migração ilegal.
"Eu mesmo fui ter com a Frontex, a Agência Europeia de Guarda de Fronteiras, que hoje lida mais com o sul da Europa, e pedi-lhes que tratassem do norte da Europa", disse o ministro francês, durante uma visita ao porto de Calais, um ponto de passagem muito utilizado por migrantes para tentar atravessar o Canal da Mancha e chegar ao Reino Unido.
Desde o final de 2018, as travessias ilegais do Canal da Mancha por migrantes que procuram chegar ao Reino Unido aumentaram, apesar dos repetidos avisos das autoridades, que destacam o perigo associado à densidade do tráfego, correntes fortes e baixas temperaturas da água.
Darmanin também saudou o acordo alcançado na terça-feira com os britânicos, depois de o Reino Unido se ter comprometido a investir 62,7 milhões de euros, no biénio 2021-2022, para "apoiar a França na sua ação de equipar e lutar contra a imigração irregular'.
Ao abrigo desse acordo, a França prometeu "fortalecer a presença policial", ao longo de sua costa.
"Já existem mais de 5 mil polícias em Pas-de-Calais, uma grande parte dos quais se dedica à luta contra a imigração, vamos aumentar esta presença", prometeu o ministro francês.
Em 2020, foram registadas mais de 9.500 travessias ou tentativas de travessia ilegais, quatro vezes mais do que em 2019, segundo as autoridades francesas.
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