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Eurodeputada Isabel Santos ao Expresso: em Macau e Hong Kong “está proibida a liberdade de expressão”

A Praça Tiananmen, em Pequim, é popular entre turistas que visitam a capital chinesa, mas o regime não quer que se fale do massacre de 1989, que custou milhares de vidas de ativistas pela liberdade
A Praça Tiananmen, em Pequim, é popular entre turistas que visitam a capital chinesa, mas o regime não quer que se fale do massacre de 1989, que custou milhares de vidas de ativistas pela liberdade
Sheldon Cooper/SOPA Images/LightRocket/Getty Images

A eurodeputada Isabel Santos afirma que a proibição de cerimónias para assinalar o Massacre de Tiananmen em Hong Kong e Macau é mais uma prova da mensagem de Pequim: “Tudo o que possa ser crítico do regime está proibido”. A socialista defende que a Europa tem de ser mais resiliente, autossuficiente e aproximar-se de outros atores políticos

Catarina Brites Soares, em Macau

Isabel Santos é eurodeputada do PS desde 2019, depois de ter estado na Assembleia da República, onde fez parte da comissão parlamentar de Negócios Estrangeiros. Em Estrasburgo acompanha questões de direitos humanos e democracia no mundo, experiência que lhe permite assumir que por vezes os interesses económicos se sobrepõem aos princípios europeus na relação com a China. Garante, ainda assim, que o Parlamento Europeu tudo tem feito para defender os últimos. Prova disso, realça, são os cinco eurodeputados sancionados por Pequim.

Pelo segundo ano consecutivo as autoridades de Hong Kong e Macau proíbem as vigílias habituais em memória do Massacre de Tiananmen. Como interpreta as decisões?

Neste momento, há sempre a desculpa de controlar a pandemia, mas percebe-se como em muitos estados autoritários a pandemia está a servir para comprimir o espaço da sociedade civil, de protesto e manifestação. Não estranho que isto aconteça face à nova Lei de Segurança Nacional que foi imposta em Hong Kong. Se em Macau este tipo de manifestações foi sempre pacífica, há da parte das autoridades chinesas a perceção de que em Hong Kong tal poderia não ocorrer. Por uma questão de similaridade, estão a ser tomadas as mesmas medidas nos dois lados.

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