Isabel Santos é eurodeputada do PS desde 2019, depois de ter estado na Assembleia da República, onde fez parte da comissão parlamentar de Negócios Estrangeiros. Em Estrasburgo acompanha questões de direitos humanos e democracia no mundo, experiência que lhe permite assumir que por vezes os interesses económicos se sobrepõem aos princípios europeus na relação com a China. Garante, ainda assim, que o Parlamento Europeu tudo tem feito para defender os últimos. Prova disso, realça, são os cinco eurodeputados sancionados por Pequim.
Pelo segundo ano consecutivo as autoridades de Hong Kong e Macau proíbem as vigílias habituais em memória do Massacre de Tiananmen. Como interpreta as decisões?
Neste momento, há sempre a desculpa de controlar a pandemia, mas percebe-se como em muitos estados autoritários a pandemia está a servir para comprimir o espaço da sociedade civil, de protesto e manifestação. Não estranho que isto aconteça face à nova Lei de Segurança Nacional que foi imposta em Hong Kong. Se em Macau este tipo de manifestações foi sempre pacífica, há da parte das autoridades chinesas a perceção de que em Hong Kong tal poderia não ocorrer. Por uma questão de similaridade, estão a ser tomadas as mesmas medidas nos dois lados.
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