A resposta do Partido Trabalhista à pandemia ajudou o partido Trabalhista a manter o poder no País de Gales.
Os Trabalhistas, liderados pelo atual primeiro-ministro Mark Drakeford, ganharam 30 dos 60 lugares que formam o Parlamento galês.
Tudo indica que Drakeford irá continuar como primeiro-ministro do País de Gales, de acordo com a BBC. Drakeford já fez saber que disse que o seu próximo governo será "radical" e "ambicioso".
Na Escócia, a chefe do Governo Nicola Sturgeon, anunciou a vitória do seu partido SNP nas eleições regionais: "Haverá uma maioria pró-independência" no parlamento escocês.
Nicola Surgeon ficou a um deputado da maioria absoluta. A primeira-ministra reafirma que "a Escócia tem o direito de decidir sobre o seu futuro quando a crise da covid-19 passar".
Na Escócia, o Partido Nacionalista Escocês (SNP) assegurou 64 dos 129 assentos da Assembleia regional e um quarto mandato consecutivo à frente do Governo autónomo, mas ficou a um lugar da maioria absoluta.
No País de Gales, o Partido Trabalhista garantiu 30 dos 60 deputados do parlamento regional e vai formar governo por mais cinco anos.
"Não há dúvida de que haverá uma maioria pró-independência no parlamento escocês", disse Sturgeon, referindo-se ao SNP e a Os Verdes, que também apoiam um referendo à autodeterminação.
No discurso de vitória, Nicola Surgeon avisou Boris Johnson: "Não há qualquer justificação democrática" que demova os escoceses de escolherem o seu futuro.
Boris diz que Escócia não terá novo referendo
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, recusou este sábado qualquer possibilidade de realizar um novo referendo de independência na Escócia, mesmo que o Partido Nacional Escocês (SNP) obtenha maioria absoluta no parlamento regional.
"Acho que um referendo no contexto atual é irresponsável e temerário", disse o primeiro-ministro em entrevista ao jornal "The Telegraph", quando questionado sobre se aceitaria uma nova consulta depois da realizada em 2014, na qual os escoceses votaram pela permanência no Reino Unido.
O SNP, liderado pela primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon, mantém a liderança nas eleições parlamentares de Edimburgo (regionais), realizadas na quinta-feira, tendo ganho 39 dos 48 lugares apurados até agora.
Johnson reconheceu seguir "com atenção" os resultados na Escócia, mas acrescentou que, em sua opinião, o SNP se afastou da ideia de um novo referendo.
"Não creio que este seja o momento de ter mais disputas constitucionais, é falar sobre dilacerar o nosso país, quando o que as pessoas querem é consertar a nossa economia e reconstruir juntos", disse ao "Telegraph".
Recusando adiantar como responderia se Sturgeon decidisse promover uma consulta unilateral, afirmou: "Essa não é a questão agora. Não acho que seja isso que estes tempos pedem."
Apesar das palavras do chefe do Governo britânico, o "número dois" do SNP, John Swinney, disse hoje à BBC que tudo indica que o seu partido será o principal em Holyrood (sede do poder legislativo regional) e que deverão aguardar-se as suas decisões.
"Johnson não é o senhor feudal da Escócia. Ele é o primeiro-ministro do Reino Unido. E se o parlamento escocês for eleito com uma maioria de parlamentares comprometidos com o referendo, isso deve ser respeitado", afirmou.
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