Internacional

Trabalhadores da Amazon no Alabama votam contra a criação do seu primeiro sindicato

Os gigantes tecnológicos não estão imunes aos impactos da pandemia Covid-19. Em empresas como Amazon, Facebook, Uber ou Google os profissionais já temem despedimentos e cortes de salário
Os gigantes tecnológicos não estão imunes aos impactos da pandemia Covid-19. Em empresas como Amazon, Facebook, Uber ou Google os profissionais já temem despedimentos e cortes de salário
Reuters

Votação decorreu esta sexta-feira e a empresa liderada por Jeff Bezos, que se opõe à criação de sindicatos, obteve uma vitória clara. Sindicato do sector nos EUA já avançou que vai contestar o resultado. “Não vamos deixar que as mentiras, as fraudes e as atividades ilegais da Amazon saiam impunes"

Os trabalhadores de um armazém da Amazon em Bessemer, no Alabama, Estados Unidos da América, votaram esta sexta-feira contra a criação do seu primeiro sindicato, oferecendo uma vitória à empresa, que se opõe à criação destas estruturas laborais.

Terminam, assim, meses de uma campanha com dois lados: num deles, a gigantesca multinacional criada por Jeff Bezos; do outro, o sindicato de Retail, Wholesale and Department Store (RWDSU), que vinha liderando os esforços para que os trabalhadores de Bessemer criassem o seu primeiro sindicato.

Segundo a Associated Press, cerca de 53% dos 6 mil trabalhadores da fábrica votaram, com 1.798 votos contra e 738 a favor da criação do sindicato. Foram considerados nulos 505 votos, “não em número suficiente para afetar os resultados das eleições”, apontou a National Labor Relations Board, a agência governamental norte-americana que supervisionou o processo.

O RWDSU já anunciou que vai avançar com uma moção a contestar os resultados, usando como argumento a pressão feita pela empresa sobre os trabalhadores durante a campanha. Em comunicado, o presidente do RWDSU, Stuart Appelbaum, disse: “Não vamos deixar que as mentiras, as fraudes e as atividades ilegais da Amazon não sejam desafiadas, e por isso é que vamos apresentar formalmente uma queixa contra as ações claramente ilegais levadas a cabo pela Amazon durante a votação sindical.”

Apenas atrás da cadeia de supermercados Walmart, a Amazon é a segunda maior empregadora nos Estados Unidos da América, com 950 mil funcionários, a maioria dos quais trabalha em armazéns que têm sido criticados pelas suas fracas condições laborais.

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