Exclusivo

Internacional

Israel e Hamas sob investigação por alegados crimes de guerra. Vai haver acusações? Alguma coisa vai mudar?

A Marcha do Retorno, em 2018-2019, na fronteira entre Gaza e Israel, é um dos eventos que o Tribunal Penal Internacional quer investigar nos próximos meses para tentar determinar se houve ou não crimes de guerra cometidos pelos dois lados
A Marcha do Retorno, em 2018-2019, na fronteira entre Gaza e Israel, é um dos eventos que o Tribunal Penal Internacional quer investigar nos próximos meses para tentar determinar se houve ou não crimes de guerra cometidos pelos dois lados
MAHMUD HAMS/Getty

O Tribunal Penal Internacional vai começar a investigar suspeitas de crimes de guerra cometidos tanto pelo Hamas como pelo Estado de Israel. Mas será que esta investigação vai contribuir para novas negociações de paz? Israel vai colaborar não sendo membro do TPI? E porque é só o Hamas a ser investigado e não a Autoridade Palestiniana?

Israel e Hamas sob investigação por alegados crimes de guerra. Vai haver acusações? Alguma coisa vai mudar?

Ana França

Jornalista da secção Internacional

Eyal Yifrach, 19 anos, Gilad Shaar, 16 e Naftali Frankel, também 16, foram raptados e mortos a 10 de junho de 2014, enquanto regressavam da escola religiosa que frequentavam, num dos colonatos que Israel mantém na Cisjordânia. Os corpos dos três jovens judeus foram encontrados numa vala pouco funda, cobertos com ramos e pedras, perto da cidade palestiniana de Hebron.

Os assassínios não foram reivindicados pelo Hamas ou por qualquer outro grupo conotado com a luta armada pró-Palestina, mas o incidente marcou um ponto de viragem nas relações entre Israel e a Palestina no século XXI, para uma página ainda mais sangrenta. Israel nunca aceitou as justificações dos palestinianos, vingou a morte dos jovens e deu início à guerra de Gaza. É esse o dia a partir do qual o Tribunal Penal Internacional (TPI) se propõe investigar tanto o Estado de Israel quanto o Hamas por possíveis crimes de guerra.

Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: afranca@impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate