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Uma história sobre o Jardim do Éden que é uma história sobre atos de amor radicais que é uma história sobre violência: Francisco no Iraque

A viagem do Papa Francisco ao Iraque é um mapa de simbolismo da fundação das religiões monoteístas e do cristianismo em particular
A viagem do Papa Francisco ao Iraque é um mapa de simbolismo da fundação das religiões monoteístas e do cristianismo em particular
ZAID AL-OBEIDI

O Iraque está na história da religião ainda antes do cristianismo, “antes da própria História”. Segundo o Génesis, do jardim do Éden, onde viveram Adão e Eva, saíam quatro rios, um deles o Tigre, outro o Eufrates. Por isso os historiadores “não hesitaram em colocar o ‘Paraíso’ bíblico no território que o Papa Francisco começa agora a visitar”. “Temos ali um Papa a visitar o verdadeiro início da História”

É difícil não metaforizar a ida do Papa Francisco ao Iraque a partir da história que vem no capítulo 22 do Génesis, o primeiro livro da Bíblia. Nela, Deus põe Abraão à prova, mandando-o subir as montanhas de Moriá com o filho, que aí deveria ser sacrificado através da imolação, como à época se sacrificavam cordeiros. Abraão segue viagem sem conhecer o destino, nunca recua, chega a amarrar Isaac, o filho, e a estendê-lo sobre a lenha, pronto a cumprir a promessa, quando um anjo o interrompe e pede que não o faça.

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