O Senado dos Estados Unidos aprovou, terça-feira à noite (madrugada de quarta em Portugal), o início do julgamento de Donald Trump. Com o voto favorável de todos os 50 senadores do Partido Democrata e de seis republicanos, a câmara alta do Congresso considerou que é constitucional dar seguimento ao processo, mesmo depois de o 45.º Presidente ter deixado o cargo, no passado dia 20 de janeiro, data da posse de Joe Biden.
A abertura do processo foi antecedida pelo visionamento de um vídeo que mostra imagens “perturbadoras” do assalto ao Capitólio, como relata o site noticioso Axios. Pode vê-lo abaixo, conforme partilhado na rede social Twitter por David Weissman, antigo militante do Partido Republicano e ex-apoiante de Trump.
As imagens, exibidas perante todos os presentes na sala do Senado, recordam os “horrores” vividos no Capitólio a 6 de janeiro, quando a Casa da Democracia foi assaltada por um grupo de supremacistas brancos, alegadamente apoiantes de Donald Trump. O próprio incentivara essa marcha horas antes.
“O senador Ted Cruz viu a sua própria mesa ser vasculhada no écrã”, relata o Axios. Tal não impediu o republicano texano de continuar a apoiar o antigo Presidente. Cruz e Josh Hawley foram os maiores defensores no Senado da teoria infundada da fraude eleitoral.
A condenação de Trump no Senado não parece provável. Seria preciso maioria de dois terços, ou seja, 67 senadores. Para isso, 17 republicanos teriam de associar-se aos democratas. Na votação de terça-feira, só seis se dispuseram a fazê-lo. Caso seja condenado, o ex-chefe de Estado pode ver-se impedido de concorrer a futuras eleições.
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