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Trump quer perdoar-se a si mesmo: o que o “New York Times” escreve sobre o autoindulto

Trump quer perdoar-se a si mesmo: o que o “New York Times” escreve sobre o autoindulto
Alex Wong/ Getty Images

Fontes próximas de Donald Trump contam ao “New York Times” que o ainda Presidente tem levantado a possibilidade de atribuir a si próprio um indulto presidencial devido às inúmeras investigações em que está envolvido desde que começou o mandato, em 2016

Donald Trump quer usar o indulto presidencial em si mesmo e praticar o autoperdão nos vários casos em que se tem visto envolvido desde o começo do mandato. De acordo com duas fontes próximas ouvidas pelo jornal norte-americano “The New York Times”, o Presidente tem sugerido a hipótese em várias conversas com conselheiros e assessores e nas quais tem tentado perceber qual a viabilidade e quais as consequências de o fazer.

As mesmas fontes não deixam claro se estas sugestões foram levantadas desde a invasão ao Capitólio. Já não é novo que o Presidente defende que é legítimo aplicar o perdão a si próprio, sobretudo quando acredita que os seus inimigos vão “usar contra si todos os meios na Justiça” assim que a deixar a Casa Branca, escreve o “New York Times”.

Esta hipótese só o chega a ser por causa das inúmeras investigações que envolveram Trump durante o mandato que iniciou em 2016. As suspeitas de complacência com a interferência da Rússia nas eleições presidenciais de há quatro anos - das quais Trump foi o vencedor - e as alegações sobre as incoerências nos impostos do Presidente são as principais investigações a envolvê-lo.

Contudo, o perdão pessoal pode estar previsto no poder conferido pela Constituição a um Presidente no que diz respeito à absolvição de crimes federais. Esta possibilidade é aplicável não só a pessoas que tenham sido acusadas mas também às que não foram acusadas.

Nos últimos meses Trump tem concedido perdões e reduziu penas de várias pessoas, algumas das quais muito próximas do seu núcleo familiar e de amigos - incluindo os seus três filhos mais velhos, Donald Trump Jr, Eric e Ivanka Trump, o seu ex-conselheiro para Segurança Nacional, Michael Flynn, ou o seu antigo diretor de campanha, Paul Manafort.

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