A Guiné Equatorial é um país muito original. Foi a única colónia espanhola em África e tornou-se o único Estado a fazer parte da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) em que não se fala o português. É, além disso, governada pelo ditador há mais anos no poder em todo o continente, Teodoro Obiang, que nunca mais largou o cargo desde que depôs o próprio tio em 1979.
O facto de o país ser controlado pela mesma família há tanto tempo talvez ajude a explicar o à-vontade com que um dos filhos de Teodoro, o ministro das Minas e Hidrocarbonetos Gabriel Obiang, se envolveu diretamente a montar um esquema de lavagem de dinheiro para ele e um intermediário holandês poderem receber pelo menos €10 milhões de pagamentos ilícitos feitos entre 2009 e 2015 por uma empresa de construção portuguesa, a Armando Cunha, S.A., a troco da adjudicação de uma obra pública de €107 milhões.
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