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Senadores republicanos recusam certificar votos que deram vitória a Biden

Senadores republicanos recusam certificar votos que deram vitória a Biden
Chip Somodevilla / GETTY IMAGES

Um grupo de 11 senadores republicanos anunciou, este sábado, que irá rejeitar no Congresso a certificação dos votos do Colégio Eleitoral provenientes de estados em que Trump contestou os resultados

É considerada uma mera formalidade, mas pode fazer com que a novela das eleições presidenciais norte-americanas se arraste. A Câmara dos Representantes e o Senado reúnem-se na próxima quarta-feira para certificar os votos do Colégio Eleitoral. A cerimónia no Senado, presidida pelo vice-Presidente, serve para validar os votos dos delegados e é tradicionalmente um mero procedimento sem qualquer influência direta, mas em tempos de crise democrática nos EUA tudo pode acontecer.

Até mesmo um grupo de 11 senadores republicanos ter anunciado este sábado que não irá certificar os votos provenientes de Estados em que os resultados foram contestados por Trump.

O primeiro a manifestar publicamente essa decisão foi Josh Hawley, mas a ele logo se juntaram outros dez senadores fiéis a Trump, liderados pelo influente Ted Cruz. “O Congresso deve nomear imediatamente uma comissão eleitoral, com autoridade total para investigar” presumíveis “fraudes eleitorais”, defendem.

De acordo com os mesmos, essa comissão que entendem que deve ser criada “fará uma auditoria de emergência de 10 dias sobre os resultados nos estados” em que a luta eleitoral foi mais apertada e nos quais Trump não aceitou nem reconhece a derrota.

Caso essa auditoria não aconteça, os senadores republicanos garantem: “votaremos a 6 de janeiro para rejeitar os eleitores desses estados disputados”.

Ainda assim, o grupo de senadores insurgentes reconhece em comunicado: “Não somos ingénuos. Sabemos que a maioria - se não todos os democratas e talvez alguns republicanos - votarão de outra forma”.

O Colégio Eleitoral deu a vitória a Joe Biden, com 306 votos, contra os 232 de Donald Trump.

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