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Brexit. Meu reino por dez anos de peixe. Ou só três?

Camiões a perder de vista aguardam a sua vez, na zona de Kent (Inglaterra), para entrarem no Eurotunel a caminho de França. A incerteza em relação às regras que estarão em vigor a partir de 1 de janeiro de 2021 intensificou o tráfego na direção da União Europeia
Camiões a perder de vista aguardam a sua vez, na zona de Kent (Inglaterra), para entrarem no Eurotunel a caminho de França. A incerteza em relação às regras que estarão em vigor a partir de 1 de janeiro de 2021 intensificou o tráfego na direção da União Europeia
Gareth Fuller / Getty Images

A 13 dias do fim da transição, o caminho para o acordo é “estreito”, admitem Londres e Bruxelas

Brexit. Meu reino por dez anos de peixe. Ou só três?

Pedro Cordeiro

Editor da Secção Internacional

A Câmara dos Comuns iniciou ontem férias de Natal. Boris Johnson mandou os deputados para casa até 7 de janeiro. Dado que terá de haver votação parlamentar se o Reino Unido chegar a acordo com a União Europeia (UE) sobre a futura relação bilateral — as próximas segunda e terça-feira chegaram a estar reservadas para esse efeito —, o gesto do primeiro-ministro britânico suscita dúvidas: sinal de descrença ou pressão sobre Bruxelas?

Faltam 13 dias para o fim do período de transição do ‘Brexit’, após o qual as regras vigentes deixam de se aplicar. As conversações prosseguem e os deputados podem ser chamados a Westminster se houver fumo branco, confirma o gabinete de Johnson. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, vislumbra um “caminho estreito” para um acordo que preserve o comércio sem quotas nem tarifas entre o Reino Unido e os 27. Johnson assegura que, se assim não for, os termos da Organização Mundial do Comércio ou da relação UE-Austrália lhe servem. Mas serão mais onerosas.

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