A obra contra o regime chinês e de defesa dos direitos humanos vale-lhe sucesso e exílio. Eleito o artista mais popular em 2020 por “The Art Newspaper”, Ai Weiwei escolheu Portugal para viver e preparar a sua próxima exposição (“Rapture”, na Cordoaria Nacional, em Lisboa, a partir de 4 de junho de 2021). Entende as contradições na relação do Ocidente com a China, mas avisa que enquanto o mundo dorme “o monstro cresce”, graças ao espaço que lhe deram para se tornar a segunda maior potência mundial, apesar do sistema político ditatorial. A Portugal, um dos exemplos da condescendência, recomenda cuidado e que se lembre que pertence à União Europeia.
Porquê agora a exposição em Portugal?
Depois das mostras no Brasil, em 2018 e 2019, queria encontrar sítio onde assentar. Nos últimos cinco anos passei grande parte do tempo na Alemanha e agora tenho estado em Cambridge, onde o meu filho estuda. Estou a ficar velho e apercebi-me de que nunca houve um local onde quisesse ficar. Após visitar Portugal, fiquei muito bem impressionado. Estou a pensar ter um estúdio e trabalhar aqui. Não nos conhecemos bem, é uma oportunidade de conhecer a História e cultura portuguesas. Além disso, o clima é perfeito, as pessoas são simpáticas e a comida é muito boa.
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