Internacional

Nuno Melo pede debate de urgência no Parlamento Europeu sobre decapitações em Moçambique

Nuno Melo pede debate de urgência no Parlamento Europeu sobre decapitações em Moçambique
Miguel Pereira da Silva

Eurodeputado do CDS entende que as mortes de 50 pessoas em Cabo Delgado, às mãos de jihadistas, merecem uma "resposta firme" da União Europeia, que deve "contribuir para a segurança" da região. E critica ainda a "inércia" do Governo português

O eurodeputado Nuno Melo solicitou esta sexta-feira um debate com caráter de urgência no Parlamento Europeu para discutir a onda de violência no norte de Moçambique, onde um grupo ligado ao Estado Islâmico decapitou, nos últimos dias mais de 50 pessoas. Os ataques jihadistas, sublinha o dirigente do CDS em comunicado, estão a provocar "uma crise humanitária que conta já com cerca de 2000 mortes e 435 mil pessoas deslocadas, sem habitação ou alimentação".

Nessa nota, é assinalado que, de acordo com um relatório divulgado pela Amnistia Internacional em outubro, a violência em Cabo Delgado já fez mais de 300 mil deslocados internos e há 712 mil moçambicanos a precisarem de ajuda humanitária. O governo moçambicano "pediu ajuda internacional para combater o terrorismo, numa situação que é considerada extremamente grave, tendo a Commonwealth pedido uma investigação, comunicado disponibilidade para fornecer apoio no combate ao terrorismo e assegurar o cumprimento dos direitos humanos naquela região", pode também ler-se no comunicado.

Frisando a "ligação histórica" de Moçambique a um dos estados-membros da União Europeia, Portugal, mas não esquecendo igualmente que se trata de um país membro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Melo considera que, além da Commonwealth, "deve também a UE tomar uma posição de firme condenação pela grave situação vivida do ponto de vista de segurança e do ponto de vista humanitário" naquele país.

O eurodeputado do CDS - que lamenta a "inércia" do Governo português nesta matéria - requereu ainda ao vice-Presidente da Comissão Europeia Margaritis Schinas que se associasse ao Parlamento Europeu "no debate e condenação da situação vivida em Moçambique". Para Melo, "o terrorismo islamita exige uma resposta firme" à luz dos "valores europeus", motivo pelo qual a UE "deve liderar a defesa dos direitos humanos e contribuir para a segurança daquela região".

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