O governador do Estado de São Paulo tem em comum com Donald Trump ter sido apresentador do reality-show “O Aprendiz”, versão brasileira do programa em que se distinguiu o atual Presidente dos Estados Unidos. Tomará a mesma rota e ambicionará ser chefe de Estado? João Doria defende que é prematuro pensar nisso. Com eleições municipais em novembro e uma pandemia a assolar o mundo, esta figura de proa do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB, centro) prefere concentrar-se em salvar vidas. Nesta entrevista ao Expresso elogia a abordagem portuguesa à covid-19 e lamenta o desconcerto entre autoridades regionais e federais no Brasil, mormente a atitude do Presidente Jair Bolsonaro.
O Estado de São Paulo tem aproximadamente 20% da população brasileira e igual fatia do número em casos de covid-19 no Brasil. Mas o número de mortes representa cerca de 24% do total nacional. Haverá uma subnotificação do número de casos?
Não. No caso de São Paulo não há subnotificação, temos um controlo muito rigoroso sobre as notificações de casos e de óbitos, desde o início da pandemia. São Paulo é o estado mais populoso do país e economicamente o mais importante. Tem dois dos maiores aeroportos do Brasil, o maior porto internacional, e foi o epicentro da covid-19 a partir da primeira pessoa infetada, a 26 de fevereiro. Ao longo destes sete meses, fizemos várias quarentenas, ainda estamos em quarentena, foram 13 e estamos na quarentena de número 14.
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