Hackers russos tentaram atacar assessores da campanha de Biden
A Microsoft alertou a empresa responsável pela campanha presidencial do candidato Joe Biden para as tentativas de ataque. Grupo Fancy Bear é o principal suspeito
A Microsoft alertou a empresa responsável pela campanha presidencial do candidato Joe Biden para as tentativas de ataque. Grupo Fancy Bear é o principal suspeito
Hackers russos tentaram lançar diferentes tipos de ataques contra profissionais da empresa que gere a campanha de Joe Biden, candidato democrata que vai disputar com Donald Trump as eleições presidenciais dos EUA em novembro. Os ataques terão sido detetados pela Microsoft, que alertou os responsáveis da empresa SKDKnickerbocker, que é responsável pela estratégia de comunicação da campanha presidencial de Biden. O grupo de hackers conhecido como Fancy Bear é o principal suspeito.
Segundo a Reuters, os ataques terão incidido sobre contactos pessoais de profissionais da SKDKnickerbocker – e não terão chegado aos endereços oficiais que a empresa de comunicação usa durante a campanha eleitoral. Terão sido usados diferentes métodos de ataque, mas até à data não há notícia de que as investidas dos hackers tenham obtido sucesso.
A informação é avançada com base em três fontes anónimas. Nem a Microsoft nem SKDKnickerbocker comentaram ainda a notícia da Reuters.
Em contrapartida, Dmitry Peskov, porta-voz do Governo russo, reagiu dizendo que a notícia “não faz sentido”.
A campanha de Joe Biden declarou estar a par das tentativas de ataque.
O Fancy Bear é um dos principais grupos de hackers que costumam ser descritos no circuito da cibersegurança como uma unidade operacional oficiosa que está a mando dos serviços de informação russos – e cuja existência o Governo russo tem rejeitado ao longo dos anos.
Classificado pela nomenclatura de cibersegurança como Advanced Persistent Threat 28 (APT28; Ameaça Sofisticada Persistente, em português), o grupo Fancy Bear já havia sido apontado como responsável pelas tentativas de ataque contra os profissionais que trabalhavam na campanha de Hillary Clinton, candidata presidencial do partido Democrata que perdeu as eleições para o atual Presidente americano, Donald Trump, em 2016.
Depois dessa eleição, um relatório produzido por um Comité do Senado do Estados Unidos concluiu que ciberoperacionais comandados pelo Governo russo terão conseguido interferir no curso das eleições presidenciais de 2016, com o propósito de contribuir para a eleição de Donald Trump.
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