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‘Bluff’ ou reviravolta? Boris Johnson enerva UE a meses da saída definitiva

Boris Johnson não quer arrastar as negociações com Bruxelas para lá de 15 de outubro
Boris Johnson não quer arrastar as negociações com Bruxelas para lá de 15 de outubro
WILL OLIVER/epa

Segundo o “Financial Times” o Governo britânico não pretende cumprir o que acordou com os 27 acerca da Irlanda do Norte, um dos pontos mais espinhosos do acordo de saída da UE. Boris Johnson ameaça, entretanto, abandonar negociações se não houver acordo sobre o futuro das relações comerciais até 15 de outubro. Ao exigir pressa num objetivo que o próprio dificultou ao voltar atrás com a palavra, o primeiro-ministro do Reino Unido irrita as capitais europeias

‘Bluff’ ou reviravolta? Boris Johnson enerva UE a meses da saída definitiva

Pedro Cordeiro

Editor da Secção Internacional

Na longa saga que foi (e está a ser) o ‘Brexit’, britânicos, outros europeus, políticos, jornalistas e cidadãos curiosos habituaram-se a assistir a contagens decrescentes sucessivas. Também não faltaram linhas vermelhas, pactos de última hora e cláusulas de salvaguarda. Mais de quatro anos depois do referendo e menos de quatro meses antes do cortar dos últimos laços formais entre o Reino Unido e a União Europeia (UE), o assunto volta a agitar ilhas e continente.

Desde a consulta popular de 23 de junho de 2016 houve o prazo posto a contar com a ativação do artigo 50 do Tratado de Lisboa, que rege a saída de um estado-membro da União Europeia; o prazo para chegar a acordo sobre os termos do divórcio; o prazo para o Reino Unido sair sem ter de eleger novos eurodeputados em 2019 (falhou); os prazos de saída, adiados de 29 de março do ano passado para abril, junho e outubro à medida que os governos de Theresa May e Boris Johnson iam falhando votações na Câmara dos Comuns; e por fim o momento em que o país deixou a União Europeia (UE), 31 de janeiro de 2020.

Memorize agora esta nova data: 15 de outubro. O primeiro-ministro britânico diz que ou há, até esse dia, um acordo sobre a futura relação comercial bilateral ou não vale a pena conversar mais.

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