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Golpe militar deixa Mali em nova fase de incerteza

Apoiantes do golpe que destituiu o Presidente do Mali esta semana
Apoiantes do golpe que destituiu o Presidente do Mali esta semana
MOUSSA KALAPO/epa

Cai Presidente, Governo e Parlamento para “não correr sangue”. Região e mundo condenam, militares prometem votos

Golpe militar deixa Mali em nova fase de incerteza

Cristina Peres

Jornalista de Internacional

Cristina PeresAs fotografias do golpe militar no Mali pouco diferem das de golpes anteriores: militares fardados a rigor em grande número, de armas em punho, enchem viaturas prontas a avançar sobre as instituições nacionais, assim a resistência venha a exigi-lo. Ao lado, está a imagem do Presidente no seu discurso da “salvação nacional”. À meia-noite de terça-feira, em Bamako, capital do Mali, Ibrahim Boubacar Keïta, de 75 anos, diz na televisão nacional: “Neste preciso momento, enquanto agradeço ao povo maliano pelo seu apoio ao longo destes anos, quero comunicar-vos a minha decisão de renunciar aos meus deveres.”

Na manhã de quarta-feira, os militares vão à televisão. Autointitulam-se Comité Nacional de Salvação do Povo e prometem supervisionar a transição eleitoral dentro de um período “razoável”. Tal como se propõem repor a estabilidade num país que tem tido dificuldade em conter a série de crises que o aflige, como o conflito com os grupos armados que infestam a região do Sahel.

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