
Cai Presidente, Governo e Parlamento para “não correr sangue”. Região e mundo condenam, militares prometem votos
Cai Presidente, Governo e Parlamento para “não correr sangue”. Região e mundo condenam, militares prometem votos
Jornalista de Internacional
Cristina PeresAs fotografias do golpe militar no Mali pouco diferem das de golpes anteriores: militares fardados a rigor em grande número, de armas em punho, enchem viaturas prontas a avançar sobre as instituições nacionais, assim a resistência venha a exigi-lo. Ao lado, está a imagem do Presidente no seu discurso da “salvação nacional”. À meia-noite de terça-feira, em Bamako, capital do Mali, Ibrahim Boubacar Keïta, de 75 anos, diz na televisão nacional: “Neste preciso momento, enquanto agradeço ao povo maliano pelo seu apoio ao longo destes anos, quero comunicar-vos a minha decisão de renunciar aos meus deveres.”
Na manhã de quarta-feira, os militares vão à televisão. Autointitulam-se Comité Nacional de Salvação do Povo e prometem supervisionar a transição eleitoral dentro de um período “razoável”. Tal como se propõem repor a estabilidade num país que tem tido dificuldade em conter a série de crises que o aflige, como o conflito com os grupos armados que infestam a região do Sahel.
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