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Juan Carlos. Méritos que nem a sucessão de casos apagará

Juan Carlos. Méritos que nem a sucessão de casos apagará

Juan Carlos I esteve na base da instauração da democracia em Espanha, contra os planos de Franco. Até à queda dos últimos anos, foi um embaixador do seu país no mundo

Juan Carlos. Méritos que nem a sucessão de casos apagará

Pedro Cordeiro

Editor da Secção Internacional

O ex-rei estará em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, segundo o jornal pró-monárquico “ABC”. Antes especulou-se que pudesse ter-se instalado em Portugal ou na República Dominicana. O jornalista José Antonio Zarzalejos, perito em comunicação real, considera que está em curso “uma expatria­ção punitiva, quiçá definitiva”. Muitos aspetos da partida estão por clarificar, mas crê-se que terá sido o atual rei, Filipe VI, a sugerir o exílio ao pai, em articulação com o primeiro-ministro Pedro Sánchez.

Educado em Espanha desde os 10 anos, Juan Carlos foi, em 1969, designado pelo ditador Francisco Franco seu sucessor “com título de rei”. O regime dava do então príncipe uma imagem de fantoche servil destinado a assegurar o futuro do sistema autoritário nascido da sangrenta guerra civil de 1936-1939. A história demonstrou que desde os primeiros passos Juan Carlos aspirava, em segredo, a cumprir os planos de reconciliação nacional e convivência democrática que lhe tinha transmitido o pai, Juan de Borbón, impedido por Franco de exercer o seu direito dinástico ao trono.

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