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Trump mostra o músculo: reportagem em Portland, onde as manifestações contra o racismo não esmorecem

Manifestações do movimento Black Lives Matter em Portland, em julho de 2020
Manifestações do movimento Black Lives Matter em Portland, em julho de 2020
CAITLIN OCHS

Agentes federais supostamente anónimos, transportando-se em carros sem matrícula, “sequestram” manifestantes em Portland. A alegação de “policiamento ilegal” parte das autoridades da cidade, que acusam os indivíduos de se comportarem como uma milícia ao serviço do chefe de Estado, autodesignado “candidato da lei e ordem” em ano de eleições

Trump mostra o músculo: reportagem em Portland, onde as manifestações contra o racismo não esmorecem

Ricardo Lourenço

Correspondente nos Estados Unidos

“Perfume” a canábis, som de batuques a acompanhar o cântico “Black Lives Matter” e buzinões espontâneos marcam os protestos na baixa de Portland, estado de Oregon. Os carros que passam estão forrados com vários dísticos. “Corte-se o financiamento da polícia” (“Defund the police”) é a frase predileta.

Inspirados pelo movimento “Occupy Wall Street”, que em 2011, na cidade de Nova Iorque, se insurgiu contra a indústria financeira, multiplicam-se acampamentos. Contudo, a ver pelas barraquinhas de “Riot Ribs” (entrecosto da revolução) e “People´s Pasta” (massa do povo), existe desta vez maior cuidado com o estômago de quem se manifesta - há uma década a ementa compunha-se de doações avulsas de restaurantes.

“Ninguém é mais escravo do que aqueles que falsamente acreditam que são livres”, lê-se num cartaz, uma máxima de Johann Goethe que também fora ressuscitada pelo “Occupy”.

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