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Afinal que fez Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria, contra o Estado de Direito?

Afinal que fez Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria, contra o Estado de Direito?
ATTILA KISBENEDEK/GETTY IMAGES

Desde a reforma antecipada de 274 juízes e procuradores húngaros à criação de uma espécie de entidade reguladora da comunicação social responsável por aplicar multas a órgãos de comunicação social que fizessem publicações “contrárias à moralidade comum”, à “ordem nacional” ou “politicamente desequilibradas”, foram várias as ocasiões em que o Governo húngaro de Viktor Orbán transpôs as linhas traçadas pela União Europeia no que diz respeito ao Estado de Direito

Afinal que fez Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria, contra o Estado de Direito?

Helena Bento

Jornalista

Ataque à independência judicial
A reforma antecipada de juízes e procuradores húngaros terá sido uma das primeiras violações ao Estado de Direito cometidas pelo Governo húngaro, à luz dos valores europeus. Chefiava-o então, como agora e desde há dez anos, o primeiro-ministro Viktor Orbán. A decisão, que afetou 274 juízes e procuradores da Hungria que viram, de repente, ser reduzida a idade obrigatória de aposentação de 70 para 62 anos, foi considerada um ataque à independência judicial. Foi umas das razões pelas quais a Comissão Europeia decidiu avançar, em 2012, com um processo de infração contra a Hungria.

A aposentação obrigatória foi também considerada incompatível pelo Tribunal de Justiça da União Europeia (UE), à luz da legislação que proíbe a discriminação em função da idade (artigo 21.º da Carta dos Direitos Fundamentais da UE, segundo o qual “é proibida a discriminação em razão, designadamente, do sexo, raça, cor ou origem étnica ou social, características genéticas, língua, religião ou convicções, opiniões políticas ou outras, pertença a uma minoria nacional, riqueza, nascimento, deficiência, idade ou orientação sexual).

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