A pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro, Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, filho do atual Presidente Jair Bolsonaro e senador, foi esta quinta-feira preso em São Paulo sob suspeitas de envolvimento num esquema de corrupção - a chamada “rachadinha”.
O MP investiga a participação de Queiroz no que acredita ser um esquema através do qual assessores parlamentares “fantasma”, ou seja nomes de supostos assessores a quem eram pagos salários mas que de facto não existiam, devolveriam parte dos seus vencimentos ao então deputado estadual Flávio Bolsonaro. Ambos os homens negam irregularidades.
Entre 2003 e 2018, Flávio Bolsonaro cumpriu quatro mandatos parlamentares consecutivos e terá sido durante esse período que a maioria dos crimes de que suspeitam os procuradores aconteceram.
Queiroz não só foi muito tempo um dos maiores aliados do filho mais velho do Presidente Bolsonaro (seu assessor mas também motorista) como é amigo da família há mais de 30 anos, escreve o Globo. Há quase um ano que era procurado pela polícia por ser considerado uma peça-chave do tal esquema de desvio de fundos públicos e lavagem de dinheiro.
Queiroz estava há cerca de um ano a viver num imóvel de Frederick Wassef, advogado dos Bolsonaro e que ainda na quarta-feira, adianta ainda o Globo, esteve na posse do novo ministro da comunicação Fábio Faria.
Os investigadores acreditam que Queiroz tenha recebido na sua conta mais de 1,2 milhões de reais, cerca de 200 mil euros. Esta manhã, a polícia conduziu ainda buscas num imóvel em nome do Presidente Jair Bolsonaro.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt