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Migrações. A Europa tem mesmo um problema de migrações, foi o discurso populista que nos fez acreditar nisso, ou ambos?

São as ONG quem salva migrantes e refugiados no Mediterrâneo
São as ONG quem salva migrantes e refugiados no Mediterrâneo
PABLO GARCÍA/AFP/GETTY IMAGES

Mais de meia década depois do início da crise dos refugiados, a UE continua sem resposta em bloco para um problema com raízes muito mais profundas do que as começamos a ver surgir com o aumento da chegada de migrantes, em 2015. Recebemos apenas 15% dos refugiados do mundo mas o discurso simplista de algumas fações políticas conseguiu fazer deste um problema tão grande que agora a UE investe milhões de euros em programas de externalização da sua política fronteiriça. Vários atores envolvidos na busca de soluções explicam ao Expresso o que ainda pode ser feito

Migrações. A Europa tem mesmo um problema de migrações, foi o discurso populista que nos fez acreditar nisso, ou ambos?

Ana França

Jornalista da secção Internacional

O relatório diário da Guarda Costeira da Turquia dava conta, no passado dia 23 de março, do resgate de 31 sírios perto do distrito turco de Mugla Datça, na costa do mar Egeu, a menos de 10 quilómetros da Grécia. Quando estas pessoas foram resgatadas pela Turquia, já tinham estado em solo europeu: haviam chegado na noite anterior à ilha de Symi, na Grécia. As autoridades gregas receberam-nas e voltaram a colocá-las em colchões flutuantes, com uma espécie de tenda em lona cor de laranja armada por cima, sem motor nem remos, que depois lançaram ao mar.

Este procedimento repetiu-se desde então mais dez vezes e estas são apenas as vezes de que há provas — fotografias, vídeos, mensagens de texto trocadas entre os resgatados e entre estes e organizações de ajuda humanitária, relatórios das autoridades turcas, tudo coligido pela Just Security, uma organização ligada à Universidade de Direito de Nova Iorque que vigia eventuais violações da lei internacional em vários pontos voláteis do mundo.

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