Quatro polícias foram alvejados a tiro na sequência de protestos em St. Louis, nos EUA, que começaram pacificamente mas que se tornaram violentos na última noite, informaram esta terça-feira as forças de segurança. O departamento de polícia publicou no Twitter que os agentes foram levados para um hospital com ferimentos que não se acredita serem fatais. Não ficou claro quem disparou os tiros.
Na segunda-feira à tarde, várias centenas de pessoas reuniram-se pacificamente no centro de St. Louis, incluindo a autarca Lyda Krewson e o diretor de segurança pública da cidade do estado norte americano do Missouri, Jimmie Edwards. À noite, os manifestantes reuniram-se em frente à sede da polícia, onde as forças de segurança dispararam gás lacrimogéneo para dispersar a multidão.
Alguns manifestantes vandalizaram lojas e participaram em pilhagens de lojas antes de incendiarem o prédio.
Também na segunda-feira, duas pessoas morreram durante os distúrbios em Cicero, Chicago, enquanto os protestos pela morte do afro-americano George Floyd às mãos da polícia continuam em várias cidades dos EUA, bem como as pilhagens.
Antes de alguns destes casos, a agência de notícias Associated Press indicara que pelo menos 5.600 pessoas tinham sido detidas no país desde o início dos protestos contra a morte de Floyd. As detenções tiveram lugar sobretudo em cidades em que as manifestações se tornaram mais violentas e num momento em que a polícia e os governadores são instados pelo Presidente, Donald Trump, a endurecer as ações para reprimir os protestos.
Floyd foi assassinado às mãos da polícia norte-americana, devido à pressão feita no seu pescoço, e o afro-americano estava sob o efeito de drogas, concluiu o médico legista responsável pela autópsia. A vítima, que a polícia suspeita ter usado uma nota falsificada de 20 dólares (18 euros), morreu quando foi detido em Minneapolis há uma semana.
De acordo com imagens que percorreram mundo, um agente manteve-o imobilizado no chão, ajoelhado sobre o seu pescoço durante quase nove minutos. O polícia, Derek Chauvin, foi demitido, detido e acusado de homicídio. Os três outros polícias que participaram na detenção também foram despedidos, mas não foram até ao momento sujeitos a qualquer acusação.
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