“Só é preciso um azar a meio do percurso e tudo muda radicalmente.” Esta é a convicção de Abdolreza Abbassian, economista sénior da FAO — Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura —, que partilhou com o Expresso, a partir da sede da organização em Roma, argumentos sobre a vulnerabilidade das cadeias globais de produção e fornecimento de alimentos em tempo de pandemia.
A possibilidade de contágio por coronavírus ainda está para durar e a quantidade de países que optou pelo encerramento das suas fronteiras é inédita. Por agora há alimentos que cheguem para todos. “Os stocks são adequados às necessidades”, garante Abbassian, os preços mantêm-se baixos devido ao abrandamento económico, mas os desequilíbrios não precisam de ser de grande monta para darem origem a pânico.
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