
Ataques do ramo centro-africano do Daesh em Cabo Delgado são cada vez mais audazes e organizados
Ataques do ramo centro-africano do Daesh em Cabo Delgado são cada vez mais audazes e organizados
José Pedro Tavares
O que começou por ser um movimento de pequenos grupos de jovens locais, que foram escorraçados para o mato após terem tentado, sem sucesso, impor a sua lei islâmica, depois do regresso dos estudos numa madraça do Quénia, e que atacavam e pilhavam pequenas aldeias na província de Cabo Delgado, a mais pobre de Moçambique, no extremo norte do país, transformou-se numa ameaça terrorista de dimensões internacionais, com o autodenominado Estado Islâmico da Província da África Central (EIPAC) a reivindicar ataques cada vez mais coordenados em aglomerados urbanos importantes.
Segundo os Médicos sem Fronteiras, a violência já causou mais de 700 mortos desde o primeiro ataque, em outubro de 2017, e levou ao êxodo de mais de 200 mil pessoas, segundo D. Luiz Fernando Lisboa, bispo católico de Pemba, capital da província, uma das vozes que mais tem alertado para a situação. Chegou a escrever ao Papa, que referiu o sofrimento e a violência em Cabo Delgado na sua solitária bênção Urbi et Orbi esta Páscoa.
Este é um artigo exclusivo. Se é assinante clique AQUI para continuar a ler. Para aceder a todos os conteúdos exclusivos do site do Expresso também pode usar o código que está na capa da revista E do Expresso.
Caso ainda não seja assinante, veja aqui as opções e os preços. Assim terá acesso a todos os nossos artigos.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt