O Presidente do Brasil fez uma insinuação de natureza sexual a uma jornalista do jornal “Folha de São Paulo”. O episódio aconteceu esta terça-feira e já levou aquele diário a reagir, referindo uma agressão ao jornalismo.
A jornalista visada é Patrícia Campos Mello. “Ela queria um furo. Ela queria dar o furo a qualquer preço contra mim”, disse o Presidente brasileiro, nas imediações do Palácio da Alvorada, arrancando umas gargalhadas aos presentes.
De acordo com a “Folha”, esta reação está relacionada com o depoimento numa comissão de inquérito de Hans River do Rio Nascimento, um homem que trabalhou no passado, durante a campanha presidencial de 2018, para a empresa Yacows, uma agência de marketing digital responsável pelo envio de mensagens em massa através do WhatsApp. Hans, sem qualquer prova, segundo aquele diário, acusou Patrícia Campos Mello de querer “um determinado tipo de matéria [jornalística] a troco de sexo”. Eduardo Bolsonaro, o filho do Presidente, amplificou aquele testemunho nas redes sociais.
Pouco mais de duas horas depois, a “Folha de São Paulo” reagiu ao caso. “O Presidente da República agride a repórter Patrícia Campos Mello e todo o jornalismo profissional com a sua atitude. Vilipendia também a dignidade, a honra e o decoro que a lei exige de exercício da Presidência”, escreveu o jornal.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt