Internacional

Morreu o último sicário de Escobar

Morreu o último sicário de Escobar
Eduardo Leal

John Jairo Velásquez Vásquez, mais conhecido como “Popeye”, morreu na madrugada desta quinta-feira, confirmaram os serviços prisionais colombianos

Um cancro no esófago levou “Popeye”. O chefe dos sicários de Pablo Escobar morreu na madrugada desta quinta-feira, anunciaram os serviços prisionais colombianos. Estava doente há alguns meses e por isso mesmo internado no Instituto Nacional de Cancerología, em Bogotá. Tinha 57 anos.

De acordo com o jornal argentino “El Tiempo”, aquele que foi o chefe dos sicários de Escobar por 12 anos tinha metástases “nos pulmões, fígado e noutras partes do abdómen, estando internado desde 31 de dezembro de 2019”. O óbito foi declarado às 05h30 (08h30 em Portugal continental), disse a unidade hospitalar.

Velásquez, que um dia disse ao Expresso que “mataria a mãe se Escobar tivesse pedido”, foi detido em maio de 2018, acusado de conspiração e extorsão agravada. Foi o próprio que se entregou na sede no Ministério Público.

Anteriormente, já tinha estado preso 23 anos e estava em liberdade desde 2014. Foi responsável pelo assassinato de Luis Carlos Galán, candidato à presidência da Colômbia em 1989. Matou 300 pessoas e planeou tirar a vida a outras 3000.

“Popeye” liderou o cartel em em Medellín, considerado um dos grupos mais violentos de narcotraficantes no país, que surgiu nos anos 80. Em janeiro de 2016, o Expresso entrevistou Velásquez. “Já me acertaram com um tiro aqui no coração e não me mataram. Sinto-me imortal. Sou o único sobrevivente dos sicários de Escobar”.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate