O Presidente dos EUA, Donald Trump, irá esta terça-feira fazer o discurso anual sobre o Estado da União no Capitólio, onde ainda decorre o seu julgamento político de ‘impeachment’, com os olhos postos na reeleição a 3 de novembro.
De acordo com assessores citados pela Associated Press, Trump pontuará o seu discurso com otimismo, enfatizando o crescimento económico que conseguiu no seu primeiro mandato. No entanto, a destituição presidencial, que deverá acabar na sua absolvição no dia seguinte, ensombrará o discurso.
Os assessores não revelaram até que ponto Trump mencionará o ‘impeachment’, que tem descrito como uma “caça às bruxas” orquestrada pelos democratas numa tentativa de porem em causa a sua vitória em 2016 e prejudicarem as suas possibilidades de conquistar um segundo mandato.
“Vamos certamente passar uma mensagem muito, muito positiva”, disse o Presidente aos jornalistas este domingo, durante o Super Bowl, o jogo de encerramento da época do futebol americano.
“Uma oportunidade para o Presidente unir o país”
A porta-voz da Casa Branca, Jessica Ditto, caracterizou o ‘impeachment’ como “um processo muito partidário” e salientou que o discurso de terça-feira será “uma oportunidade para o Presidente unir o país em torno de oportunidades para todos os americanos”.
Trump dedicará grande parte do discurso a destacar o desempenho económico dos EUA, incluindo a baixa taxa de desemprego e os incentivos à classe média. Ainda segundo os assessores, o Presidente lembrará os novos acordos comerciais que assinou, designadamente a primeira fase do acordo com a China e o acordo com o México e o Canadá que substitui o NAFTA.
A defesa dos “valores americanos” e as limitações ao aborto
A saúde será igualmente um dos pontos-chave do discurso, com particular enfoque nos esforços desenvolvidos para reduzir o preço dos medicamentos e combater a epidemia de opioides. Ainda nesta área, Trump deverá atacar “as propostas radicais de esquerda” de alguns candidatos à nomeação democrata.
A questão da imigração também não faltará, nem a defesa dos “valores americanos”, a proteção das “liberdades religiosas” e as limitações do acesso ao aborto. Neste ponto, o Presidente falará sobretudo aos eleitores evangélicos e conservadores que constituem uma parte substancial da sua base de apoio.
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