Com uma doença que a faz cheirar a peixe podre, mulher vive um pesadelo desde criança
A história de Paula Thomas, contada agora à BBC, ilustra o mal que pode resultar da combinação entre ignorância e preconceito
A história de Paula Thomas, contada agora à BBC, ilustra o mal que pode resultar da combinação entre ignorância e preconceito
"É como viver com uma sentença de morte. Não o desejaria ao meu pior inimigo. É mau a esse ponto." Assim resume Paula Thomas, uma britânica de 45 anos que vive em Bristol, aquilo que tem de aguentar diariamente por causa da trimetilaminúria, uma doença de que sofre desde criança.
"Quando vou num autocarro, ouço comentários como' cheira a casa-de-banho' e 'esgoto' e todos os nomes para cheiro que há. Já ouvi tudo", acrescenta Thomas na entrevista que deu à BBC, e onde refere como a incompreensão e o preconceito infernizam a sua vida.
Às vezes os insultos assumem um caráter racista, e desde criança que ela evita certas ocasiões sociais, incluindo peças teatrais na escola. Já lhe deixaram bananas à porta, e um dia quando acordou estava alguém a lavar-lhe as janelas e a porta de casa.
Segundo a Wikipedia, a trimetilaminúria (TMAU), conhecida como síndrome do odor de peixe, é uma desordem metabólica rara que se caracteriza pela incapacidade de processar a trimetilamina, uma amina terciária encontrada em alimentos como carne vermelha, ovos e peixe, além de alguns vegetais.
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