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Steve Bannon ao Expresso: “Se quiserem chamar-me uma das pessoas mais perigosas à face da Terra, usarei esse título como uma medalha”

Steve Bannon ao Expresso: “Se quiserem chamar-me uma das pessoas mais perigosas à face da Terra, usarei esse título como uma medalha”

Polémico como sempre, o ideólogo de Trump fala ao Expresso e diz que a revolução vai chegar à Europa

Steve Bannon ao Expresso: “Se quiserem chamar-me uma das pessoas mais perigosas à face da Terra, usarei esse título como uma medalha”

Ricardo Lourenço

Correspondente nos Estados Unidos

No início da Administração Trump, apenas um indivíduo trabalhava mais horas na Casa Branca do que o próprio Presidente dos Estados Unidos. Viciado em Red Bull, chegava pelas 6h da manhã e saía às 22h. Amiúde, caminhava 15 minutos até à sua residência de facto, uma vivenda de 14 assoalhadas com fachada em tijolo exposto, antigo quartel-general da “Breitbart News”, publicação que serviu de plataforma para o movimento de extrema-direita Alt-Right. Steve Bannon, de 66 anos, é esse ser incansável. Arquiteto da candidatura do líder americano, serviu como seu estratego chefe entre janeiro e agosto de 2017, caindo em desgraça após proferir declarações pouco abonatórias sobre o clã Trump. O Presidente vexou-o em público, mas Bannon continuou a elogiá-lo. “Os meus irmãos chamaram-me nomes piores. Não levo a sério o que Trump tuíta. Eu e ele sempre tivemos uma excelente relação. Acredito nele como Presidente”, disse em entrevista exclusiva ao Expresso, onde radiografou a política americana, prevendo um novo frente a frente Trump-Hillary para novembro. Detalhou, ainda, o seu movimento nacionalista, arrasou Bruxelas, que acusa de ter “sugado a energia vital das nações”, e defendeu as ligações ao neofascismo europeu. “Temos de destruir este sistema político baseado em oligarcas e servos.” Recentemente, Bannon iniciou uma nova etapa, regressando àquele casarão com vista para o Supremo Tribunal, onde à entrada, sobre a lareira, há um retrato da filha Maureen, uma ex-militar destacada para o Iraque, sentada no cadeirão do ditador Saddam Hussein. A partir da cave, grava todos os dias “War Room: Impeachment”, um programa de rádio em defesa de Trump e contra a ameaça da destituição presidencial [impeachment]. Polémico, como sempre, Steve Bannon avisa: “Isto é uma revolução.”

Recuemos ao início de 2017, quando a revista “Time” o apresentou na primeira página com o título: “O grande manipulador”. Aceita a caracterização de que é o mestre criador de Donald Trump, o Presidente dos Estados Unidos?
Não, isso é ridículo. A “Time” fez aquilo sem sequer me contactar. Não sou citado na história. Na verdade, eles apenas comunicaram com a Casa Branca poucas horas antes da publicação. Tentaram criar uma divisão entre mim e o Presidente Trump.

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