31 dezembro 2020 19:09
ahmad al-rubaye/getty images
Um helicóptero com elementos dos Marines aterrou na capital iraquiana depois de o Pentágono ter anunciado o envio de "forças suplementares" para garantir a segurança da missão diplomática
31 dezembro 2020 19:09
Os Estados Unidos da América (EUA) enviaram reforços militares para proteger a sua embaixada em Bagdad, no Iraque, que esta terça-feira foi atacada por manifestantes iraquianos pró-Irão.
Segundo um elemento da força de segurança citada pela agência noticiosa France-Presse, um helicóptero com elementos dos 'Marines' (corpo de fuzileiros norte-americanos) aterrou na capital iraquiana depois de o Pentágono ter anunciado o envio de "forças suplementares" para garantir a segurança da missão diplomática. De acordo com um porta-voz da diplomacia norte-americana, não há a intenção de evacuar a embaixada.
Os manifestantes protestavam contra os ataques aéreos norte-americanos que mataram no domingo, na região ocidental do Iraque, 25 combatentes das brigadas do Hezbollah, um grupo armado xiita que é membro do Hachd al-Chaabi, coligação de paramilitares iraquianos dominada por fações pró-Irão.
Os Estados Unidos responderam com ataques aéreos à morte, na sexta-feira, de um subempreiteiro norte-americano, no 11.º atentado em dois meses contra instalações que acolhem militares americanos no Iraque, e que Washington atribuiu às brigadas do Hezbollah.
Combatentes e partidários do Hachd, que participavam no cortejo fúnebre dos 25 mortos, entraram hoje na zona onde se encontra a embaixada dos Estados Unidos e as instituições iraquianas, sem que as forças de segurança de Bagdad os impedissem.
De seguida, invadiram a entrada onde a segurança da embaixada inspeciona os visitantes, queimaram as instalações da segurança no exterior, arrancaram as câmaras de videovigilância, apedrejaram as torres onde estavam os guardas e cobriram as janelas blindadas com bandeiras do Hachd e das brigadas do Hezbollah.
Do interior do edifício, as forças de segurança norte-americanas atiraram para o ar balas reais antes de lançarem gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes.
A coligação Hachd al-Chaabi alega que a investida causou 62 feridos.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou o Irão de ter "orquestrado o ataque" à embaixada e pediu ao Iraque para que protegesse a missão diplomática norte-americana em Bagdad.