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Pompeo critica audições do impeachment com Presidente fora do país

Pompeo critica audições do impeachment com Presidente fora do país
Mark Wilson/GETTY IMAGES

O secretário de Estado norte-americano diz que é “lamentável” que a comissão encarregada do processo que visa a destituição de Donald Trump realize audições na quarta-feira, altura em que o Presidente norte-americano estará a representar os EUA na cimeira da NATO, que decorre esta semana em Londres

O secretário de Estado norte-americano criticou esta segunda-feira a Câmara dos Representantes por agendar audições do processo que visa a destituição do Presidente norte-americano, Donald Trump, enquanto o chefe de Estado está no estrangeiro.

Mike Pompeo disse que é "lamentável" a comissão encarregada do caso realize estas audições na quarta-feira, altura em que Trump representa os Estados Unidos na cimeira da NATO, que decorre esta semana em Londres.

Pompeo disse ao programa de televisão Fox & Friends que há uma longa tradição de apoiar um Presidente quando este viaja para o estrangeiro e que o chefe de Estado não se deve distrair com problemas internos enquanto estiver a discutir questões internacionais com aliados.

"Lamento que tenham escolhido realizar essas audiências ao mesmo tempo que o Presidente e toda a nossa equipa de segurança nacional viajam para a Europa, para Londres, para trabalhar nesses assuntos importantes", afirmou Pompeo.

Questionado sobre outras matérias, Pompeo recusou-se a dizer se planeia deixar o cargo de secretário de Estado para concorrer a uma cadeira no Senado pelo Kansas.

O relatório de impeachment do Presidente norte-americano será apresentado esta segunda-feira, à porta fechada, aos principais parlamentares, já que os democratas decidiram avançar com o inquérito, apesar da declaração da Casa Branca de que não participará nesta primeira audiência na Comissão parlamentar de Justiça.

Donald Trump, 73 anos, está sob investigação do Congresso num inquérito para a sua destituição (impeachment), acusado de abuso de poder no exercício do cargo.

Trump é suspeito de ter pressionado o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, a investigar uma empresa ucraniana da qual foi administrador o filho do ex-vice-presidente Joe Biden, dado como favorito a concorrer pelos democratas nas eleições de 2020, em troca de uma ajuda militar dos EUA.

O 45.º Presidente norte-americano, em funções desde 20 de janeiro de 2017, qualificou a investigação como uma "caça às bruxas". As audições públicas do inquérito arrancaram em 13 de novembro.

Se as conclusões forem aprovadas por maioria simples na Câmara dos Representantes, o processo segue para o Senado, sendo necessária uma maioria de dois terços para a destituição do Presidente.

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