John acabara de sair de uma carruagem de metro apinhada de gente, ia comprar uma sandes. Jo estava às compras quando toda a gente à sua volta começou a correr. Constanze estava no emprego quando o edifício ficou em lockdown, ninguém entrava ou saia. Eram 14h00 e um homem munido de uma faca atacava cinco pessoas na London Brigde, no centro da capital britânica.
John, Jo e Constanze, ouvidas pelo jornal “The Guardian”, encontravam-se nos arredores do local onde se deu o incidente que está a ser tratado pelas autoridades como “um ato terrorista”.
O que aconteceu?
Eram 14h00 (mesma hora em Portugal continental) quando a polícia metropolitana de Londres foi chamada a agir após relatos de um esfaqueamento na London Bridge.
“Como seria de esperar num incidente desta natureza, estamos a responder como se fosse algo relacionado com terrorismo. Estou neste momento em condições de confirmar que foi declarado como como um ato terrorista”, disse Neil Bas, responsável de operações da Scotland Yard, em conferência de imprensa. “A equipa de contraterrorismo está a liderar a investigação, no entanto, devemos manter todas as hipóteses em aberto no que toca à motivação”, acrescentou. Até agora, as autoridades recusam avançar com a motivação do atacante. “Seria inapropiado estar a especular.”
Quantas pessoas ficaram feridas?
Duas pessoas morreram e três ficaram feridas. Oficialmente, ainda não se sabe a gravidade dos ferimentos. “Assim que possível, divulgaremos mais detalhes”, garantiram as autoridades. .
Citando fontes hospitalares, a BBC e “The Guardian” dão como certo que o número de feridos pode chegar a dez.
Após o incidente, todas as pessoas foram transportadas para o Royal London Hospital, em Whitechapel, uma das unidades de cuidados especializadas em traumas e muito próximo da London Bridge. “A nossa solidariedade está com todos aqueles que estão envolvidos neste incidente e para aqueles que aguardam ansiosamente por mais informações sobre os seus entes queridos.”
Por altura do incidente, pouco depois da hora de almoço, várias pessoas circulavam na ponte - pedestres e automóveis. A polícia, refere a imprensa britânica, montou uma espécie de sala de interrogatório num edifício próximo da London Bridge, onde mais de 20 pessoas já testemunharam. Na conferência de imprensa foi pedido a quem tivesse fotografias, vídeos ou mais informações que as partilhasse com a polícia.
Quem é o suspeito?
Por agora, a informação sobre a identidade do suspeito é muito escassa. Sabe-se que é um homem e que foi abatido ainda no local por “especialistas armados da polícia de Londres”, confirmou a Scotland Yard em conferência de imprensa já a meio da tarde desta sexta-feira.
Os primeiros relatos indicavam que trazia vestido um colete de explosivos. A polícia confirmou a informação, revelando, no entanto, que estes eram falsos. “Os agentes permanecem na área para assegurar que não há mais qualquer ameaça para as pessoas”.
O que vai acontecer agora?
Além da identidade do atacante, bem como as suas motivações, há ainda muitas outras perguntas sem resposta. Na conferência de imprensa, a Scotland Yard recusou responder aos jornalistas, justificando que além das declarações nada mais tinha a acrescentar.
O responsável de operações daquela força policial também se reuniu com o primeiro-ministro Boris Johnson. “Qualquer pessoa envolvida neste crime e nestes ataques vai ser caçada e levada à Justiça”, disse o líder do Executivo em Downing Street. O Reino Unido nunca “se vai acobardar, dividir ou ficar intimidado por este tipo de ataques. Os nossos valores britânicos vão prevalecer.”
Por agora, é pedido às pessoas que se mantenham atentas e não se preocupem se nos próximos dias notarem que há uma maior presença policial na cidade. “As barreiras de segurança vão continuar por um período de tempo considerável, peço às pessoas que continuem a evitar aquela área da cidade. A segurança pública é a nossa prioridade obviamente. Vamos reforçar as patrulhas não só na cidade mas por todo o país”, assegurou a Scotland Yard.
A equipa de contraterrorismo vai continuar a investigação.
As imagens do aparato no local