O estado Livre da Turíngia, no leste da Alemanha, elegeu este domingo o parlamento estadual para os próximos quatro anos. O partido A Esquerda, herdeiro dos comunistas da antiga República Democrática Alemã, obteve clara vitória, com uma subida de 1,5% relativamente e 2014 (29,5%). Porém, vai ter dificuldade em formar uma maioria para governar à esquerda, já que os parceiros tradicionais, os sociais-democratas (SPD) (menos 3,9%) e os Verdes (menos 0,2%) perderem terreno nesta votação.
Em princípio, a alegria do líder em funções deste governo estadual, Bodo Ramelow, é justificada, embora tenha pela frente negociações complexas.
Os grandes perdedores deste Land do leste foram os cristãos-democratas e os seus parceiros cristãos-sociais da Baviera (CDU/CSU), com menos 11 pontos, que parecem ter passado para a extrema-direita da Alternativa para a Alemanha (AfD, na sigla alemã), que registou uma subida de 13,2%. A AfD tem capitalizado grande quantidade de votos a leste com a retórica nacionalista da proteção da pátria alemã e um discurso assumidamente xenófobo.
Depois da Saxónia, onde a AfD subiu a 1 de setembro para 14 assentos, com 9,8% os votos, na Turíngia a percentagem de votos na extrema-direita deixa a partir deste domingo de poder ser ignorada.
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