Milhares de pessoas voltaram a sair esta quinta-feira às ruas do Líbano pelo sétimo dia consecutivo em protesto contra o Governo, apesar dos apelos ao diálogo e respeito pelas instituições feitos pelo Presidente Michel Aoun.
Nos locais de concentração, em particular no centro de Beirute, os apoiantes e detratores do executivo trocaram acusações, motivando a intervenção policial para prevenir altercações violentas, referiu a agência noticiosa Efe.
Os protestos prosseguiram apesar do discurso do Presidente, que numa mensagem ao país considerou que a alteração de "regime" exigida pelos manifestantes "deve levar-se a cabo através das instituições constitucionais e não na rua", porque "sem diálogo nada pode ser resolvido".
O anúncio emitido esta semana pelo primeiro-ministro libanês, Saad Hariri, sobre um pacote de reformas económicas com o novo orçamento para solucionar os cortes de eletricidade - num país que 29 anos após o fim da guerra (1975-1990) ainda não consegue fornecer eletricidade e água aos seus cidadãos sem interrupções - também não surtiu o efeito pretendido.
Os protestos, os maiores e mais diversos desde a independência do país (neles têm participado tanto xiitas como sunitas e cristãos maronitas, grupos religiosos em que se divide a sociedade libanesa) iniciaram-se após o conselho de ministros ter anunciado a intenção de taxar as chamadas gratuitas dos serviços de mensagens pela Internet, como o WhatsApp.
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