Empresa chinesa ‘alugou’ ilha histórica do Pacífico. Contrato fez disparar alertas
Tulagi é considerada uma ilha estratégica e a empresa chinesa que adquiriu os direitos para a desenvolver tem fortes ligações ao Partido Comunista Chinês
Tulagi é considerada uma ilha estratégica e a empresa chinesa que adquiriu os direitos para a desenvolver tem fortes ligações ao Partido Comunista Chinês
Jornalista
A China prepara-se para assumir o controlo sobre Tulagi, a pequena ilha no arquipélago das Ilhas Salomão que se transformou em referência histórica por causa da II Guerra Mundial.
Escolhida como base pelos britânicos, a ilha foi atacada e ocupada pelo Japão em maio de 1942, país que aí estabeleceu uma base naval. Tantos anos passados, a novidade é o facto de uma empresa com sede em Pequim, conhecida por manter laços estreitos com o Partido Comunista Chinês, ter assinado um contrato secreto com o governo provincial do país do Pacífico Sul, documento esse que lhe garante direitos exclusivos para o desenvolvimento de toda a ilha
O acordo de arrendamento desagradou aos moradores de Tulagi, escreve o “The New York Times”, e está a preocupar as autoridades norte-americanas, que consideram as cadeias insulares do Pacífico Sul cruciais para manter a China sob controlo e para proteger importantes rotas marítimas.
O movimento é considerado o mais recente exemplo de como a China recorre a promessas de prosperidade para avançar nos seus planos globais, disponibilizando capital e investindo em projetos locais em zonas estratégicas, que mais não são que a forma de as dominar.
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