Bombeiros corrigem informação: não há para já mortos confirmados após desabamento de prédio em Fortaleza

Prosseguem as operações de resgate. Até ao momento, nove pessoas foram retiradas das ruínas do edifício
Prosseguem as operações de resgate. Até ao momento, nove pessoas foram retiradas das ruínas do edifício
O Corpo de Bombeiros começou por dar como certa a existência de uma vítima mortal na sequência do desabamento de um prédio residencial de sete andares ao início da manhã desta terça-feira em Fortaleza, no estado do Ceará, nordeste do Brasil. Ao final do dia, as autoridades recuaram na informação anteriormente prestada e asseguraram que, até ao momento, não há mortos a registar.
“Vamos continuar a trabalhar até que todos sejam encontrados. Estamos ainda a trabalhar manualmente, a procurar pelo meio das ruínas e a tentar estabelecer contacto com as pessoas. A maquinaria pesada só entra depois das primeiras 24 horas”, explicou Eduardo Holanda, responsável pelo Corpo de Bombeiros, citado pela “Folha de São Paulo”. Até à publicação deste texto, nove pessoas foram resgatadas. As autoridades acreditam que no interior do edifício estivessem cerca de 20.
Foi pelas 10h30 locais (mais quatro horas em Portugal) que o prédio desabou. “Estava em casa e ouvi um barulho forte, como se fosse uma batida de camião. Em seguida ouvi um barulho desencadeado. Eu disse: ‘caiu alguma coisa, desabou alguma coisa’. Olhei pela janela e vi muita poeira e pessoas a correrem", descreveu ao G1 o morador Mário Ferreira.
“Foi horrível. Pensamos que era o nosso prédio porque tremeu muito, durou uns dez segundos. Começamos a ver pó, a ouvir gritos e percebemos que era outro prédio. Foi uma correria, não havia muito a fazer”, relatou também Higor Veras aos jornal “Estadão”.
Ainda sem explicação para o desmoronamento do edifício, a principal suspeita é que na origem esteja uma fuga de gás.
As autoridades pediram a todos os moradores da região envolvente que abandonassem as suas residências, devido a potenciais fugas de gás ou choques elétricos provocados pelos fios de energia na rua. O prédio, conhecido como Edifício Andréa, fica no bairro Dionísio Torres, no cruzamento entre as ruas Tibúrcio Cavalcante e Tomás Acioli, que está agora cortado.
O prédio fica a cerca de três quilómetros da Praia de Iracema, uma das zonas mais procuradas pelos turistas em Fortaleza.
De acordo com antigos moradores ouvidos pelo G1, o prédio foi construído há 40 anos e estava atualmente a ser renovado. Em cada um dos sete andares havia dois apartamentos (14 habitações no total). Uma das ex-moradoras, que saiu do edifício há dois meses, garantiu que havia problemas de infiltrações no interior e exterior do prédio. No entanto, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil assegurou que não há qualquer indicação que o prédio estivesse em obras - ou seja, estando a ser renovado, a empreitada não estava legalizada.
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