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Parlamento Europeu chumba comissária de Macron

Parlamento Europeu chumba comissária de Macron
KENZO TRIBOUILLARD/Getty Images

Os eurodeputados chumbaram de forma expressiva a candidata que Emmanuel Macron propôs para comissária europeia. É a terceira baixa na equipa da alemã Ursula von der Leyen

Parlamento Europeu chumba comissária de Macron

Susana Frexes

Correspondente em Bruxelas

Depois de uma primeira audição que não convenceu na semana passada, a ex-eurodeputada francesa voltou a ser ouvida esta quinta-feira mas não convenceu os eurodeputados das comissões de Mercado Interno e ainda Indústria, Investigação e Energia. Pelo meio ainda respondeu a várias perguntas escritas, mas não conseguiu dissipar as dúvidas levantas e acabou por chumbar o exame.

Com o resultado da votação, os eurodeputados concluem que "não está apta para o cargo" nem para assumir a pasta do Mercado Interno.

Entre os problemas, está a investigação que envolve Sylvie Goulard e que diz respeito aos tempos em que era eurodeputada. Em causa estão dinheiros do Parlamento Europeu que terão sido usados para fins partidários nacionais. Quando o caso estoirou, Goulard era já ministra da Defesa de Emmanuel Macron, mas acabou por demitir-se.

No entanto, o presidente Francês acabou por repescá-la e propô-la para comissária europeia. Ouve agora o não do Parlamento Europeu, que o força também a escolher um novo nome, tal como já tinha feito com o primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán e com a com a primeira-ministra romena Viorica Dăncilă (que, nem a propósito viu hoje o Governo cair com uma moção de censura).

É também mais uma dor de cabeça para a presidente eleita da Comissão Europeia, depois dos chumbos de dos comissários indicados pela Roménia e Hungria. No caso de Bucareste, Ursula von der Leyen ainda não tem fechado um novo nome.

Sylvie Goulard acaba por ser mais um percalço que pode atrasar o processo de formação na nova Comissão Europeia, que deveria ir a votos no Parlamento Europeu na penúltima semana de outubro e entrar em funções a um de novembro.

O processo depende agora da rapidez com que Paris e Bucareste tomarem decisões. Os novos candidatos a comissários terão ainda de passar no crivo dos eurodeputados, que vão escrutinar as declarações de interesse e ouvi-los em plenário. E isso fica agora provado que não é um exame garantido.

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