O Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) vai reunir-se na quinta-feira para discutir a operação militar turca contra a milícia curda das Forças Democráticas Sírias (SDF) no nordeste da Síria.
O debate foi solicitado com carácter de urgência pelo Reino Unido, França, Bélgica, Alemanha e Polónia no mesmo dia em que o Presidente turco Recep Tayyip Erdoğan anunciou o início da operação “Fonte de Paz” que, segundo o governante, visa estabelecer uma zona de segurança, que possibilitará o regresso dos refugiados sírios ao país.
O chefe de Estado turco justificou no Twitter a ofensiva, explicando que o objetivo é “travar o corredor de terror que está a ser estabelecido na fronteira sul do país e trazer paz para a região”, assim como “garantir a integridade territorial e proteger as comunidades locais dos terroristas”.
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, – que irá reunir-se na sexta-feira com o Presidente turco – disse esperar que a ofensiva turca seja proporcional e adequada de forma a que os “progressos alcançados no combate contra o Daesh não sejam comprometidos”.
Centenas de civis já fugiram da cidade síria de Ras al Ain, na província de al Hasakah, onde se instalou o pânico após os primeiros bombardeamentos na zona situada no norte da Sírio na fronteira com a Turquia. Pelo menos dois civis morreram e outros dois ficaram feridos na terceira ofensiva turca no país desde 2016, segundo a SDF.
Inicialmente acreditava-se que a operação turca teria contado com o aval da administração norte-americana, uma vez que arrancou três dias depois de Donald Trump ter anunciado a retirada dos militares norte-americanos da região na sequência de uma conversa telefónica com o seu homólogo turco. No entanto, o Presidente norte-americano esclareceu esta quarta-feira que os EUA não apoiam a ofensiva turca, apelando a Ancara para “garantir a segurança das minorias religiosas”.
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