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Johnson substitui Amber Rudd por outra ministra que fez campanha contra o Brexit em 2016

Johnson substitui Amber Rudd por outra ministra que fez campanha contra o Brexit em 2016
NurPhoto/ Getty Images

Primeiro ministro britânico foi rápido a encontrar uma substituta para Amber Rudd, a ministra do Trabalho e da Segurança Social que este sábado apresentou a demissão. Escolha recai sobre Thérèse Coffey, até agora ministra do Ambiente, que tal como Rudd fez campanha pela permanência do Reino Unido na União Europeia em 2016

Depois de este sábado ter sido confrontado com mais uma demissão no seu Governo, Boris Johnson moveu-se depressa e já encontrou uma substituta para Amber Rudd, a ministra do Trabalho e da Segurança Social que este sábado apresentou a demissão.

A escolha do primeiro-ministro britânico recaiu sobre Thérèse Coffey, ministra do Ambiente e deputada conservadora para o distrito de Suffolk Coastal, avança este domingo o jornal “Guardian”.

Eleita em 2010, Thérèse Coffey já foi vice-presidente da Câmara dos Comuns, tendo sido nomeada ministra do Ambiente em 2016 por Theresa May. Esteve no Comité da Cultura, Media e Desporto até ter trabalhado como secretária parlamentar pessoal do então ministro da Energia Michael Fallon.

Tal como Rudd, a nova ministra do Trabalho e da Segurança Social fez campanha pela permanência do Reino Unido na União Europeia durante o referendo de 2016.

Com um doutoramento em Química pela University College London (UCL), Thérèse Coffey é uma fã assumida de futebol, jardinagem e música. Fora do mundo político, passou por empresas como a Mars e a BBC.

Ex-ministra critica “ato de vandalismo político”

A ministra demissionária, Amber Rudd, já felicitou a sua substituta: “Parabéns à minha boa amiga, Thérèse Coffey. Sei que ela vai fazer um ótimo trabalho num ministério de primeira linha.”

A ex-ministra apresentou este sábado a demissão, apertando ainda mais o cerco ao Governo de Boris Johnson. Na sua carta de demissão, Rudd declarou que não pode ficar quieta enquanto “conservadores leais e moderados são expulsos” do partido, referindo-se à expulsão dos 21 conservadores que votaram contra um Brexit sem acordo como “um assalto à decência e à democracia” e “um acto de vandalismo político”.

A ex-ministra explica que se juntou ao ministério “de boa fé e com consciência que um Brexit sem acordo tinha que estar em cima da mesa”, mas já não acredita que “um Brexit com acordo seja o principal objetivo do Governo”.

A saída de Rudd aconteceu depois da demissão do irmão de Boris Johnson, Jo Johnson, e coloca ainda maior pressão no Governo do primeiro-ministro britânico.

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