A ideia é cortar o número de refugiados que são reinstalados nos Estados Unidos. A forma como vai ser feito ainda está a ser pensada, assegura o jornal norte-americano “The New York Times”. Nas últimas semanas têm acontecido várias reuniões para discutir o tema e, neste momento, as opções passam por acabar de vez com o programa em vigor há anos e que faz do país uma dos maiores territórios de acolhimento em todo o mundo ou reduzir em metade ou mais o números de pedidos aceites, deixando apenas reservado alguns desses lugares para refugiados vindos de determinados países - incluindo Iraque e Afeganistão, onde os militares combatem lado a lado com as tropas dos EUA.
Seja qual a opção tomada, refere a mesma publicação, a consequência vai ser a mesma: os EUA vão deixar de ser um dos países que mais recebe e reinstala refugiados. O tema vai ser levado ao Presidente na terça-feira, quando é esperado que Donald Trump defina o número de autorizações de reinstalações para o próximo ano.
“Num momento em que existem mais refugiados que nunca antes na história, os EUA estão a abandonar a liderança do realojamento de pessoas vulneráveis que precisam de proteção”, criticou Eric Schwartz, presidente da Refugiados Internacional.
Em 2019, Trump definiu como 30 mil pessoas como como limite máximo de reinstalações nos EUA, um dos mais baixos de sempre e representa um corte de mais de 70% comparativamente à administração de Barack Obama.
Confrontada pelo “New York Times” com esta informação, a Casa Branca não comentou.
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