Subiu para 20 o número de mortos provocados pela passagem do furacão Dorian nas Bahamas, anunciou o primeiro-ministro do país, Hubert Minnis, que continua a dizer que são esperadas mais mortes. Na quarta-feira, o Centro Nacional de Furacões, nos EUA, elevou o Dorian para a categoria 3, já depois de este ter enfraquecido ao deixar as Bahamas e ter sido colocado na categoria 2.
Nas próximas 24 horas, o furacão ainda poderá ascender à categoria 4 (num máximo de 5, sendo que o Dorian já esteve na sua máxima força no fim de semana) “porque está a pairar sobre águas quentes, um ingrediente-chave na intensidade de um furacão”, revelou o meteorologista Lance Wood daquele centro norte-americano, citado pela agência de notícias Reuters.
O Centro Nacional de Furacões emitiu um alerta de tempestade que cobre toda a extensão das costas dos estados da Geórgia e das Carolinas do Norte e do Sul, estendendo-o a Hampton Roads, na Virgínia. O Dorian deverá mover-se próximo ou ao longo da costa das Carolinas esta quinta ou sexta-feira.
Mais de 2,2 milhões de pessoas naqueles estados e na Florida foram obrigadas a abandonar as suas casas.
“Uma das maiores crises na história” das Bahamas
“Estamos no meio de uma das maiores crises nacionais na história do país. Podemos esperar que mais mortes sejam registadas. Isto é apenas informação preliminar”, advertiu o chefe do Governo das Bahamas, em conferência de imprensa.
Imagens aéreas das áreas afetadas mostram uma devastação generalizada no país insular. A Guarda Costeira americana e a Marinha Real britânica têm transportado sobreviventes e ajuda de emergência à medida que as águas recuam. A embaixada dos EUA fala no transporte aéreo de 61 pessoas pelas autoridades americanas do norte das Bahamas para a capital, Nassau, em dois dias.
O Programa Alimentar Mundial da ONU estima que 14 500 pessoas nas Ilhas Ábaco e outras 45 700 na Grande Bahama necessitem de comida. Segundo uma avaliação das Nações Unidas, 70 mil pessoas naquelas regiões carecem de “ajuda imediata”.
Cerca de 13 mil casas em todo o país poderão ter sido destruídas ou severamente danificadas, revelou a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho.
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